"A insustentável
relação entre pobreza e degradação ambiental
São Paulo – O ranking EPI 2014, que mede o desempenho ambiental dos países,
mostra a estreita relação que existe entre pobreza e degradação do meio
ambiente. Feito a cada dois anos pelas Universidades de Yale e Columbia, o
estudo classificou 178 países com base em 20 indicadores distribuídos por 9
categorias, comosaúde ambiental, poluição do ar, recursos hídricos,
biodiversidade e habitat.
Bem distantes dos 20 países mais verdes do mundo, na lanternina do
ranking estão países muito pobres e com
altos níveis de degradação de recursos naturais. É uma relação fácil
de entender. A falta de dinheiro se reflete no baixotratamento
de resíduos, em índices humilhantes de acesso à esgoto e água tratada, à elevada
contaminação dos rios, da terra e do ar, entre outras condições de vida
degradantes.
Ao mesmo tempo, os problemas ambientais ajudam a piorar o quadro,
colocando em risco muitas das atividades que sustentam as comunidades nesses
países. Fenômenos extremos provocados pelas mudanças
climáticas, por exemplo, levam à diminuição da água potável, da terra para
agricultura e das reservas pesqueiras.
No ano passado, o relatório sobre o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), feito pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (PNUD), mostrou que se o mundo não enfrentar os desafios
ambientais mais urgentes, os avanços do desenvolvimento humano poderão regredir
drasticamente.
As regiões mais pobres do globo deverão ser as mais afetadas, com uma
redução no IDH de 22% no Sul da Ásia e de 24% na África Subsaariana."
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